Linfomas

Linfomas

 

Os linfomas são um grupo de doenças que se originam nas células do sistema linfático. Este sistema é constituído de órgãos e tecidos que produzem, armazenam e distribuem os glóbulos brancos do sangue que combatem a infecção e outras doenças. Fazem parte deste sistema a medula óssea, os linfonodos (gânglios e ínguas) os vasos linfáticos (vasos que carregam a linfa, como as veias carregam o sangue).

 

O linfoma é o câncer que surge quando uma célula do sistema linfático normal se transforma em uma célula maligna, crescendo e disseminando se pelo organismo. Esta doença se caracteriza pelo surgimento de ínguas que crescem mesmo quando não há infecção.

 

Há dois grandes grupos de linfomas: os linfomas de Hodgkin e os não-Hodgkin. São classificados conforme o grupo de células que sofre a malignifização e passa a se reproduzir rápida e desorganizadamente.

 

Linfoma de Hodgkin

 

Os linfomas de Hodgkin originam-se de um tipo específico de célula linfóide, a célula de Reed-Sternberge. Estes linfomas podem se dividir em Linfoma de Hodgkin nodular linfócito predominante e Linfoma de Hodgkin clássico.

 

Apesar de não se saber a causa dos linfomas, uma série de fatores de risco estão associados a estas doenças.

 

Fatores de risco para Linfoma de Hodgkin:

 

- Idade esta doença pode ocorrer em qualquer idade; mas são mais comuns entre 15 e 40 anos, atinge particularmente os indivíduos entre 25 e 30 anos.

- Pacientes portadores do vírus Epstein-Barr, que causa a doença mononucleose

- Pessoas que têm um ou mais familiares que desenvolveram a doença, particularmente quando ocorreu na infância, apresentam maiores riscos.

 

Linfomas não-Hodgkin

 

Linfomas não-Hodgkin são mais comuns que os Linfomas Hodgkin. Podem ocorrer em qualquer idade e dependendo das células que se tornam malignas são classificados em subtipos histológicos que apresentam características específicas. Podem ter comportamento indolente (crescimento lento) ou agressivo (crescimento rápido).

 

O tipo indolente tem uma evolução geralmente favorável com uma média de sobrevida de 10 anos apesar de ser incurável quando atinge várias partes do corpo (estágio avançado). O linfoma que se apresenta com comportamento agressivo tem uma evolução mais rápida, mas muitos pacientes se curam por serem mais sensíveis a quimioterapia.

 

Ao examinar o tumor, o médico patologista divide os Linfomas não-Hodgkin em subtipos que podem ser relacionados aos linfócitos (um tipo de glóbulo branco do sangue) do tipo B ou T. os linfomas em que os linfócitos do tipo B se tornam malignos dividem-se em: Linfoma de Burkitt, Linfoma linfocítico de pequenas células, Linfoma difuso de grandes células, Linfoma folicular, Linfoma imunoblástico de grandes células, Linfoma linfoblástico células B precursoras, Linfomas de células do manto. Os linfomas de células T dividem-se em: Linfoma anaplásico de grandes células, Linfoma linfoblástico de células T precursoras, Linfoma de Malt. Outros subtipos menos comuns também podem ocorrer.

 

Fatores de risco para Linfoma não-Hodgkin:

 

- Pessoas em idade avançada;

- Doenças como: imunodepressão secundária a doenças hereditárias ou doenças autoimunes (artrite reumatoide, psoríase) e ainda as autoimunes adquiridas (HIV/AIDS);

- Infecções pelo vírus HTLV do tipo I ou vírus Epstein-Barr;

- História de infecção pela bactéria Helicobacter pylori;

- Dieta rica em carne e gordura;

- Tratamento para Linfoma de Hodgkin no passado

 

Os sintomas que podem ocorrer na presença dos linfomas e devem ser investigadas para se diagnosticar qualquer um dos tipos de Linfoma Hodgkin ou não-Hodgkin:

 

- Sudorese noturna excessiva;

- Febre (38°C ou mais medida na axila com o uso de um termômetro comum);

- Prurido (coceira na pele);

- Perda de peso inexplicada (perda de mais de 10% do peso corporal nos últimos 6 meses de forma não proposital e sem explicação);

- Cansaço frequente.

 

Podem também aparecer sintomas respiratórios como tosse, falta de ar ou dor torárica e abdominal.

 

Diagnóstico

 

A biópsia (remoção de pequenos fragmentos de tecido) é o exame que define o diagnóstico. Pode ser necessário realizar uma biópsia de um gânglio ou biópsia da medula óssea (com o uso de uma pequena agulha).

 

Além disso, outros exames podem ser necessários:

 

Punção lombar – retira-se pequena porção do liquido cérebro-espinhal (líquido que percorre a medula espinhal). Esse procedimento determina se o sistema nervoso central foi atingido pela doença;

 

Exames de imagens de radiografia, tomografias, ressonância magnética e cintilografia para determinar a localização e a extensão dos locais acometidos pela doença.

 

Com estas informações o médico define o estadiamento do tipo, ou seja, qual é o grau de comprometimento do paciente pelo câncer.

 

Tratamento

 

O tratamento consiste em quimioterapia associada ou não à radioterapia. Para alguns pacientes, cujo tratamento inicial não determinou uma cura ou remissão prolongada, pode ser necessário o transplante de medula óssea.

 

Quando a doença tem risco de comprometimento do sistema nervoso (cérebro e medula espinhal), utiliza-se a injeção de drogas quimioterápicas diretamente no líquido cérebro-espinhal, e/ou radioterapia que envolva cérebro e medula espinhal.

 

 

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