Morte súbita

Morte súbita

 

Medidas simples realizadas de forma ordenada podem salvar vidas. O socorro imediato no atendimento às vítimas de parada cardiorrespiratória aumenta muito as chances de sobrevida de um paciente. São os primeiros 10 minutos que salvam. Os casos de morte súbita no Brasil ocorrem, em 95% das vezes, fora do ambiente hospitalar.

 

A principal causa de morte súbita é a fibrilação ventricular. Dito de forma simples é um descompasso, um coração fora do ritmo. Essa alteração responde por 80% dos óbitos por morte súbita. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, para reverter esse quadro de parada cardiorrespiratória, a tentativa consiste em restabelecer ou reorganizar o ritmo cardíaco com o uso de desfibriladores, aplicando descargas elétricas na vítima. Em lugares de grandes aglomerações (como os estádios de futebol, teatros, aeroportos, shopping centers) é imprescindível o acesso ao equipamento e um especialista apto a operar um desfibrilador.

 

A prevenção passa pela análise cuidadosa do histórico clínico, familiar, eletrocardiograma, teste de esforço físico e ecocardiograma de cada indivíduo. Lembrando que existem raros casos em que a morte súbita não está ligada a doenças do coração.

 

Morte súbita em adultos

 

Está constantemente ligada a problemas no coração, e geralmente a patologia não é conhecida por seu portador, principalmente em jovens esportistas. Podem ser por excesso de atividades físicas, inflamatórias, degenerativas, congênitas, infecciosas, Miocardite, Síndrome de Marfan, uso de drogas, tóxicos, por reflexos nervosos ou a soma destes. Outras causas também são atribuídas a Síndrome Wolff-Parkinson-White (um tipo de arritmia cardíaca), síndrome do QT longo congênito (taquicardia ventricular congênita), síndrome de Brugada (tipo de arritmia cardíaca hereditária), hemorragia no cérebro, geralmente por aneurismas congênitos que se rompem, commotio cordis (percussão violenta no tórax causada por uma pancada brusca). Também é frequente a morte súbita ligada à cocaína ou ao Ecstasy.

 

Pessoas sadias, atletas, e mesmo pessoas sem histórico de doenças cardíacas na família também podem ser acometidas por morte súbita. Durante a prática de atividades físicas, por exemplo, a intensa descarga de adrenalina associada ao uso indevido de anabolizantes é um grande risco para o coração sair do ritmo. O resultado é a falta de oxigenação no cérebro e a consequente perda da consciência, primeiro sintoma aparente e que sinaliza a necessidade do socorro imediato.

 

Morte súbita em crianças

 

É mais comum nos primeiros três meses de vida, nesse caso, com ligação a fatores hereditários ou genéticos, a morte súbita em bebês tem maior ocorrência em casos de mães fumantes, depois dos seis meses a morte súbita em crianças se torna mais rara.

 

Segundo a médica especialista Eumênia Castro, “A Síndrome da Morte Súbita na Infância é reconhecida como um problema de saúde pública, em diversos países. No Brasil, são identificadas outras condições de maior impacto na saúde pública, como as doenças infecciosas, gastrintestinais e desnutrição, mas, da mesma forma que aconteceu naqueles países, está havendo diminuição na incidência de doenças evitáveis através de campanhas de vacinação, da maior atenção à saúde pública e da melhoria das condições gerais de vida. Desta forma, problemas como a morte súbita em crianças deverão ser cada vez mais frequentes em nosso país, juntamente com as anomalias congênitas da infância. É necessário, portanto, começar um programa de conscientização dos profissionais da área da saúde, bem como da população em geral, para que se identifiquem melhor estes casos, a fim de se permitir o seu estudo e, consequentemente, o planejamento das ações necessárias”.

 

 

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