Medicamentos e atividade sexual

Influência dos medicamentos cardiovasculares na atividade sexual

 

A disfunção erétil a as doenças cardiovasculares apresentam os mesmos fatores de risco: hipertensão arterial, dislipidemias, tabagismo, diabete, estresse e depressão, entre outros. Desta forma, a disfunção erétil atualmente é considerada como um marcador de doença cardiovascular, sendo uma queixa muito comum nesses pacientes. Infelizmente, quase todas as classes de medicamentos usados no tratamento das doenças cardiovasculares podem causar alterações na atividade sexual e um percentual considerável dos distúrbios sexuais pode ser atribuído aos medicamentos usados.

 

Os medicamentos que mais comumente causam disfunções sexuais são os anti-hipertensivos (usados no tratamento da hipertensão arterial) e os diuréticos (usados em diversas doenças cardiovasculares). Por outro lado, algumas medicações que são  responsáveis por distúrbios sexuais, também podem facilitar a vida sexual dos cardiopatas por apresentarem outros efeitos benéficos. 

 

Por exemplo, o uso do beta-bloqueador (propranolol, atenolol) aboliu os sintomas de angina do peito em 65% dos pacientes com angina estável que relataram dor no peito durante a atividade sexual. Cabe ao médico do paciente sempre avaliar essa relação: benefício verso efeitos colaterais dos medicamentos. Abaixo relacionamos algumas queixas que interferem na prática sexual e as medicações implicadas no aparecimento destes sintomas.

 

- Impotência sexual (dificuldade de ereção ou manutenção da ereção): hidroclortiazida, betabloqueadores (propranolol, atenolol, metoprolol), metildopa, clonidina, propafenona, amiodarona, sotalol, digoxina e inibidores da enzima de conversão da angiotensina (captopril, enalapril).

 

- Diminuição da libido (perda do desejo sexual): hidroclortiazida, espironolactona, metildopa, clonidina, propranolol, gemfibrozila.

 

- Dificuldade para ejacular: metidopa, reserpina e clonidina.

 

- Priapismo (ereção prolongada e dolorosa): prazosin e hidralazina.

 

- Ginecomastia (crescimento doloroso das mamas): espironolactona, metidopa e digoxina.

 

- Hirsutismo (crescimento anormal de pêlos por todo o corpo): espironolactona.

 

- Irregularidades menstruais: espironolactona.

 

- Inibição da lubrificação vaginal: hidroclortiazida.

 

Sildenafila (Viagra)

 

Sildenafila (nome comercial: Viagra) é um medicamento receitado por médicos que auxilia os homens, que sofrem de disfunção erétil, a terem relações sexuais. A disfunção erétil é a incapacidade de fazer com que o pênis fique ereto, ou de mantê-lo rígido até o final de uma relação sexual. Sildenafila ajuda na manutenção da ereção.

 

Sildenafila foi sintetizado por um grupo farmacêutico dos Estados Unidos. Primeiramente foi estudado para o uso contra a hipertensão e a angina. As primeiras impressões sugeriram que a droga tinha um pequeno efeito sobre a angina, mas que podia induzir fortemente ereções penianas. A empresa farmacêutica responsável pela criação do medicamento, consequentemente, decidiu comercializá-lo como tratamento para a disfunção erétil, ao invés de tratamento para a angina.

 

 

 

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