Uma menor frequência de escovação dos dentes está associada com maior risco de doença cardiovascular, bem como inflamação leve, de acordo com um estudo publicado pelo British Medical Journal.
Os pesquisadores analisaram a relação entre hábitos de higiene oral e o risco de doenças cardiovasculares em 11.869 participantes, com idade média de 50 anos, inseridos em uma pesquisa em saúde na Escócia. Os relatos da frequência de escovação foram usados como um indicador de higiene bucal; eventos de doença cardiovascular e de óbitos foram identificados através de ligação em perspectiva registros hospitalares.
A relação entre hábitos de higiene oral e eventos de doença cardiovascular ou morte foi analisada. Em um subgrupo de 4.830 participantes, a relação entre hábitos de higiene oral e de marcadores inflamatórios foi avaliada. O autor foi Cesar de Oliveira, da Universidade College London.
Durante um acompanhamento médio de 8,1 anos, houve 555 eventos de doença cardiovascular, 170 dos quais foram fatais. A doença arterial coronariana responsável por cerca de três quartos dos eventos.
Risco de doença cardiovascular foi significativamente associada com a higiene oral deficiente, definida como escovar os dentes raramente ou nunca. Em um modelo totalmente ajustado, a taxa de risco para um evento cardiovascular neste grupo de participantes foi de 1,7, em comparação com aqueles que escovavam os dentes duas vezes por dia. Os participantes com má higiene bucal também foram mais propensos a ter concentrações elevadas de proteína C-reativa e fibrinogênio.
Estudos prévios têm relatado uma associação entre eventos cardiovasculares e a doença periodontal. Baixo grau de infecção oral crônica pode levar a uma resposta inflamatória sistêmica com níveis elevados de proteína C-reativa e fibrinogênio.
Este estudo de base populacional sugere que a má higiene oral, como refletido pelas escovações raras, está associada a um risco aumentado de doença cardiovascular. Hábitos de saúde bucal também estão associados com marcadores de inflamação de baixo grau.
Novos estudos serão necessários para esclarecer a natureza dessas associações. Enquanto isso, "Dada a alta prevalência de infecções bucais na população, os médicos devem estar alerta para a possível fonte oral de aumento das inflamações que envolvem o coração".
Tradução revisada de: MD Consult: Toothbrushing frequency affects cardiovasclar disease risk. News.
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