Falar em alimentação saudável faz a maioria das pessoas lembrar daquela salada verde acompanhada de um filé de peixe grelhado. Mas por que o peixe tem essa fama de saudável?
Os peixes possuem cerca de 20% em sua composição de proteína de ótima qualidade, rica em aminoácidos não essenciais, isto é, que não são produzidos pelo organismo. E quanto ao teor de gordura tão temido por todos? Quando falamos em peixes, não devemos ter a imagem tão negativa que temos, por exemplo, quando pensamos na carne vermelha, que tem gordura saturada em excesso.
O peixe é uma carne com baixo teor de gordura e o tipo predominante neste alimento é a poli-insaturada. Com grande destaque para as gorduras do tipo ômega 3, presente em peixes como sardinha, salmão, arenque e atum, que os estudos mostram ser um nutriente anti-inflamatório que auxilia na redução do risco de doenças cardiovasculares, diminuição dos triglicerídeos e colesterol e até mesmo da obesidade.
Uma pesquisa publicada em 2009 na American Journal of Nutrion, investigou o padrão de consumo de peixe numa população de 15 mil idosos na China, índia, cuba, República Dominicana, Venezuela, México e perue trouxe boas notícias para quem consome peixe regularmente. Os resultados mostraram que o consumo de peixe está associado a um menor risco de demência, sendo sua principal causa a doença de Alzheimer. E o grande responsável por isso o ômega 3, por possuir atividade anti-inflamatória, neuroprotetora e antioxidante.
Além disso, os peixes possuem ótimas doses de vitaminas A, D e E, além de niacina e ácido pantotênico, sódio, magnésio, cálcio, manganês, ferro e potássio.
Como hoje os restaurantes de comida japonesa se multiplicam pelo país, dúvidas muito frequentes são: “É melhor o peixe cru?” “Ele conserva mais os nutrientes?”. Qualquer alimento submetido ao calor perde algum nutriente original, mas o destaque no peixe é o teor de proteínas, gordura de boa qualidade e vitaminas lipossolúveis (A, D e E), por isso o “prejuízo” não é significativo em relação ao peixe cru. E quando falamos em peixe cru não se esqueça de consumi-lo somente em locais confiáveis, pois sendo o pescado um alimento altamente perecível, os índices de contaminação são elevadíssimos. Por isso, se não está tão seguro quanto ao local, dê preferência ao peixe assado, grelhado ou cozido ao invés dele cru.
Sempre fique atento à forma de preparo. Nada de consumir peixe frito achando que vai ter algum benefício, muito pelo contrário. E a carne de peixe por ser muito tenra, é fácil de cozinhar e pega bem o sabor de ervas como tomilho e alecrim, por exemplo.
Com todas essas vantagens, a recomendação de consumo fica em torno de no mínimo duas vezes na semana. Mas apesar do Brasil ser um país com uma costa enorme, tem um consumo de peixe de cerca de 7kg por ano por pessoa, bem abaixo dos 12kg recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Por P. Davidson Haiat.
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