Um estudo científico, de um grupo de associações cardiológicas americanas, concluiu que a interrupção prematura de tratamento com antiagragante plaquetário (tienopiridina), que evita a formação de coágulos sanguíneos, aumenta significativamente o risco de uma trombose no stent e morte. Para eliminar o risco de interrupção prematura desta terapia o grupo recomendou que:
1 - Antes de implante de um stent, o médico deve analisar a necessidade de tratamento com antiagregante plaquetário. Em pacientes que não poderão cumprir 12 meses de terapia com tienopiridina, quer por razões econômicas ou outras, deve-se considerar não realizar o tratamento com tienopiridina.
2 - Nos pacientes que são submetidos a uma preparação para a intervenção coronária percutânea e que provavelmente exigirão procedimentos invasivos ou cirúrgicos dentro de 12 meses, deve-se considerar a implantação de um stent ou a realização de angioplastia com implante de stent provisório.
3 – Um grande esforço deve ser feito pelos médicos antes da alta dos pacientes para assegurar que estes sejam devidamente informados sobre as razões pelas quais estão utilizando tienopiridina e os riscos associados à interrupção prematura deste tratamento.
4 - Os pacientes devem ser especificamente instruídos antes da alta hospitalar para manterem contato com seu cardiologista antes de parar qualquer tratamento com antiagregante plaquetário, mesmo se a solicitação de parar a terapia tenha vindo de outro médico.
5 - Médicos que realizam procedimentos invasivos ou cirúrgicos e estão preocupados com sangramento pré e pós-procedimento devem estar cientes dos grandes riscos de uma interrupção do tratamento com tienopiridina. Se as questões relativas à terapia com antiagregante plaquetário não estão claras, os profissionais que realizam procedimentos invasivos devem entrar em contato com o cardiologista do paciente, para, desta forma, discutir a melhor estratégia de administração médica de cada caso.
6 - Procedimentos eletivos em que há um risco significativo de hemorragia pré ou pós-operatória devem ser adiados até que o paciente tenha concluído um curso adequado de terapia com tienopiridina.
7 - Para os pacientes tratados com DES, que devem ser submetidos a procedimentos subsequentes que pedem a interrupção da terapia com tienopiridina, a aspirina deve ser mantida sempre que possível e a tienopiridina reiniciada o mais rapidamente possível após o procedimento, tendo em vista a preocupação com a trombose tardia do stent.
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