Clínica Cardiológica - Flávio Cure Palheiro

A análise incluiu 508 pacientes com hipertensão moderada e hipercolesterolemia. Pacientes foram, randomicamente, indicados para o tratamento com hidroclorotiazida, 25mg por dia; ou com fosinopril, 20mg por dia, mais pravastatina, 40mg por dia; ou placebo.

Por uma média de acompanhamento de 2.6 anos, pacientes foram submetidos a medição clínica e ambulatorial da pressão sanguínea. Os efeitos de redução na pressão sanguínea pela pravastatina, melhores ou piores do que resultados com as drogas anti-hipertensivas, foram analisados. O responsável pela pesquisa foi o Dr. G. Mancia da Universidade de Milano-Bicocca.

O tratamento com anti-hipertensivo levou a uma importante e sustentável redução nas medições clínicas e ambulatoriais da pressão sanguínea. Pacientes que receberam pravastatina, em combinação com medicação anti-hipertensiva, também tiveram redução do colesterol total e do LDL (colesterol ruim), enquanto aqueles que tomaram o placebo tiveram pouca ou nenhuma mudança nos níveis de colesterol.

A redução na pressão sanguínea foi um pouco menor com pravastatina do que com o placebo. Pelo acompanhamento, as descobertas foram similares nas análises dos pacientes que continuaram o uso de hidroclorotiazida e fosinopril.

Estatinas reduzem o risco cardiovascular por melhorar o perfil lipídico do pacientes assim como pelos efeitos pleiotrópicos (anti-inflamação e antiproliferativo). Foi, recentemente, sugerido que a redução da pressão sanguínea pode ter um “terceiro mecanismo” pelo qual as estatinas reduziriam os riscos cardiovasculares.

Entretanto, a nova pesquisa não mostrou significante mudança na pressão sanguínea entre pacientes tratados com anti-hipertensivos e com indicação de tratamento com estatinas verso aqueles que tomaram o placebo. Isto ocorreu na análise das medições clínicas da pressão arterial.

"Os efeitos de proteção cardiovascular da pravastatina e, muito provavelmente, de todas as estatinas são, portanto, improváveis que dependam de um efeito anti-hipertensivo dessas drogas", concluíram os pesquisadores.

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Estatinas não potencializam a redução da pressão sanguínea em pacientes que tomam anti-hipertensivos Para os pacientes que têm pressão alta controlada com medicamentos anti-hipertensivos, o tratamento com estatina não traz efeitos adicionais na redução da pressão, de acordo com um estudo publicado pela British Medical Journal. A análise incluiu 508 pacientes com hipertensão moderada e hipercolesterolemia. Pacientes foram, randomicamente, indicados para o tratamento com hidroclorotiazida, 25mg por dia; ou com fosinopril, 20mg por dia, mais pravastatina, 40mg por dia; ou placebo. Por uma média de acompanhamento de 2.6 anos, pacientes foram submetidos a medição clínica e ambulatorial da pressão sanguínea. Os efeitos de redução na pressão sanguínea pela pravastatina, melhores ou piores do que resultados com as drogas anti-hipertensivas, foram analisados. O responsável pela pesquisa foi o Dr. G. Mancia da Universidade de Milano-Bicocca. O tratamento com anti-hipertensivo levou a uma importante e sustentável redução nas medições clínicas e ambulatoriais da pressão sanguínea. Pacientes que receberam pravastatina, em combinação com medicação anti-hipertensiva, também tiveram redução do colesterol total e do LDL (colesterol ruim), enquanto aqueles que tomaram o placebo tiveram pouca ou nenhuma mudança nos níveis de colesterol. A redução na pressão sanguínea foi um pouco menor com pravastatina do que com o placebo. Pelo acompanhamento, as descobertas foram similares nas análises dos pacientes que continuaram o uso de hidroclorotiazida e fosinopril. Estatinas reduzem o risco cardiovascular por melhorar o perfil lipídico do pacientes assim como pelos efeitos pleiotrópicos (anti-inflamação e antiproliferativo). Foi, recentemente, sugerido que a redução da pressão sanguínea pode ter um “terceiro mecanismo” pelo qual as estatinas reduziriam os riscos cardiovasculares. Entretanto, a nova pesquisa não mostrou significante mudança na pressão sanguínea entre pacientes tratados com anti-hipertensivos e com indicação de tratamento com estatinas verso aqueles que tomaram o placebo. Isto ocorreu na análise das medições clínicas da pressão arterial. "Os efeitos de proteção cardiovascular da pravastatina e, muito provavelmente, de todas as estatinas são, portanto, improváveis que dependam de um efeito anti-hipertensivo dessas drogas", concluíram os pesquisadores. Tradução revisada de: MD Consult: Statins don't further reduce blood pressure in patients taking antihypertensives: News
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Estatinas não potencializam a redução da pressão sanguínea em pacientes que tomam anti-hipertensivos

Para os pacientes que têm pressão alta controlada com medicamentos anti-hipertensivos, o tratamento com estatina não traz efeitos adicionais na redução da pressão, de acordo com um estudo publicado pela British Medical Journal.