Transplante de coração

Definição

 
É uma cirurgia de remoção de um coração com problemas no seu funcionamento por um coração saudável de um doador.
 

Descrição

 
Achar um doador de coração pode ser difícil. O órgão é doado pela família de alguém que foi declarado em morte cerebral. O coração doado tem que ser similar com o que será trocado para reduzir as chances do corpo do paciente receptor rejeitar o novo órgão.
 
Descoberto um doador, o receptor é posto em sono profundo por meio de anestesia geral e um corte é feito no tórax para iniciar a troca do coração.
 
  • A circulação sanguínea é mantida artificialmente através do uso de uma máquina que oxigena e faz o o sangue do paciente circular no seu corpo.
  • O coração doente é removido e o doado é colocado em seu lugar. Neste momento o fluxo de sangue começa a passar pelo novo coração.
  • Drenos podem ser colocados no paciente para a retirada de ar, de fluidos e de sangue para fora da cavidade torácica por vários dias e para permitir que os pulmões se expandam completamente.

Motivos para a realização deste procedimento

 
Um transplante de coração é recomendado para:
 
  • Angina severa que não pode ser mais tratada com medicação ou cirurgias reparadoras das artérias coronárias;
  • Insuficiência cardíaca severa, quando os remédios, outros tratamentos e cirurgias não mais podem ajudar. Possíveis causas da insuficiência cardíaca severa são:
    • Doença na artéria coronária;
    • Cardiomiopatia (doença do músculo cardíaco);
    • Doença da válvula cardíaca com insuficiência cardíaca congestiva.
  • Doenças cardíacas congênitas severas, que não podem ser reparadas com cirurgia;
  • Batimentos ou ritmos cardíacos anormais que ameaçam a vida e que não respondem às terapias.

Transplantes de coração NÃO são recomendados para pacientes que têm:

 
  • Câncer;
  • Infecções, como hepatite, que são consideradas ativas;
  • Diabéticos dependentes de insulina, com mau funcionamento de outros órgãos;
  • Doenças nos rins, nos pulmões, nos nervos ou no fígado;
  • Desnutrição;
  • Outras doenças que afetam os vasos sanguíneos do pescoço e das pernas;
  • Uso de tabaco, de álcool, de drogas ou outro hábito que possa prejudicar o novo coração.

Prognóstico

 
Varia de 07 a 21 dias o tempo de permanência no hospital no pós-operatório. Os dois primeiros dias serão passados em uma Unidade de Tratamento Intensivo – UTI.
 
O tempo para a recuperação é de cerca de 6 meses. Geralmente, a equipe de transplante solicita que o paciente esteja próximo do hospital nos primeiros três meses. Os pacientes transplantados devem realizar check-ups regulares como hemograma e raio-X torácico por muitos anos.
 
A luta contra a rejeição é um processo contínuo. O sistema imunológico considera o órgão transplantado uma infecção é combate-o. Por essa razão, pacientes transplantados recebem medicamentos para suprimir as respostas imunológicas do corpo. Tomar os medicamentos e seguir as instruções precisamente são muito importantes para a prevenção da rejeição.
 
Biópsias do músculo cardíaco são feitas todos os meses durante os primeiros 06-12 meses após o transplante, e menos frequente após isso. Isso auxilia o me´dico a determinar se o corpo esta rejeitando o novo coração, mesmo antes que os sintomas comecem a aparecer.
 

Riscos

 
Os riscos de qualquer anestesia são:
 
  • Reações alérgicas ao medicamento;
  • Problemas de respiração.
Os riscos de qualquer cirurgia são:
 
  • Sangramento;
  • Infecção.
Os riscos de transplantes incluem:
 
  • Coágulos sanguíneos;
  • Danos aos rins, ao fígado ou a outros órgãos pelos remédios anti-rejeição (imunosupressores);
  • Ataque do coração ou AVC;
  • Problemas no ritmo cardíaco;
  • Aumento no risco de infecções devido aos remédios anti-rejeição (imunosupressores);
Tradução revisada de: MD Consult: Heart transplant: Patient Education.

 



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